Dólar sobe a R$ 5,43, em movimento contrário ao exterior em dia de feriado nos EUA

Focus projeta mediana para o câmbio em 2025 em R$ 5,56

O dólar fechou em leve alta ante o real nesta segunda-feira, em um movimento que se seguiu à forte perda da moeda norte-americana no mês anterior, em sessão com poucos fatores determinantes devido a um feriado nos Estados Unidos e a uma agenda esvaziada no Brasil.

As projeções do mercado para a inflação em 2025 recuaram pela décima quarta semana seguida, segundo o Relatório Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (1º). A estimativa para o IPCA no ano passou de 4,86% para 4,85%. A mediana para o câmbio em 2025 também recuou de R$ 5,59 para R$ 5,56.

Qual a cotação do dólar hoje?

O dólar à vista fechou em alta de 0,31%, a R$5,4391.

Às 17h02, na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento DOLc1 subia 0,32%, a R$5,484 na venda.

Dólar comercial

  • Compra: R$ 5,439
  • Venda: R$ 5,439

Dólar turismo

  • Compra: R$ 5,453
  • Venda: R$ 5,633

O que aconteceu com dólar hoje?

Os movimentos do real nesta sessão tiveram como pano de fundo a baixa volatilidade do dólar nos mercados globais, uma vez que muitos agentes financeiros optaram por segurar grandes apostas diante da falta da referência do mercado dos EUA, que está fechada por conta do feriado do Dia do Trabalho.

Ao longo da semana, por outro lado, não faltarão fatores a serem considerados pelos investidores em suas negociações, com destaque para a publicação de dados econômicos no Brasil e nos EUA.

O destaque da agenda brasileira ocorrerá já na terça-feira, quando serão divulgados dados do PIB do Brasil para o segundo trimestre. A expectativa dos economistas, segundo pesquisa da Reuters, é de que o crescimento da economia desacelere para 0,3% no período na comparação com o trimestre imediato anterior, após expansão de 1,4% nos três primeiros meses do ano.

O mercado estará atento aos números em meio a uma política monetária restritiva, com os membros do Banco Central prometendo manter a taxa Selic em 15% ao ano por tempo bastante prolongado a fim de trazer a inflação de volta para a meta de 3%.

Nos EUA, as atenções dos agentes serão externas para sexta-feira, quando o governo norte-americano publicará o relatório de emprego do mês de agosto, com o foco em possíveis sinais sobre os próximos passos do Federal Reserve.

Os operadores seguem precisando uma chance alta, de 98%, de um corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros na reunião deste mês.

O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisões — caiu 0,14%, para 97,699.

Qualquer novidade sobre o impasse comercial entre Brasil e EUA também pode impactar o mercado doméstico, à medida que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda tenta abrir canais de diálogo para negociar a tarifa de 50% imposta por Washington sobre produtos brasileiros.

A semana também marca o início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) pela tentativa de golpe de Estado, o que tem sido um ponto de tensão nas relações entre Brasil e EUA.

(Com Reuters)

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